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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O Professor Capitulo 5

Capitulo 5

"conheço sua casa, e não é essa".
"esta é minha outra casa". - ele disse.
"seria esta a casa onde você leva sua `namoradas` para encontros nada inocentes? " - ela perguntou alfinetando-o.
"não - ele foi firme - não costumo namorar lali. minhas conquistas eu prefiro levar a motéis. este lugar é muito intimo e eu gosto de tratá-lo como meu santuário. esta casa foi de meus pais. - ele continuou - como ambos estão morando nos estados unidos agora, ficou para mim. venho aqui quando quero paz".


ela ficou vermelha com a resposta dele.

"e o que estou fazendo aqui".
"está me conhecendo. conhecendo todas as partes que me compõem. quero que você seja capaz de me traduzir lali. entre nós deve prevalecer o máximo da intimidade, só assim funcionará."
"peter eu gostaria de saber o que você preten..."
mas a frase foi suspensa e esquecida quando ele encostou o dedo indicador em seus lábios.
"agora chega lali, é hora de se calar. estamos aqui por um bom motivo. teremos nosso primeiro contato intimo. queria que as coisas fluíssem, mas você não é nada fácil de lhe dar".
"você quer dizer que vamos..."
"vamos" . - ele disse "mas não há necessidade de nomearmos isso, ainda não sabemos qual será o desfecho. preciso que entenda que há muitas maneiras de se fazer sexo". - ele disse isso e se dirigiu ao bar da sala servindo-se de whisky - "aceita"?
ela afirmou, já estava bastante nervosa.
"existem linguagens de baixo e alto calão para denominar o ato sexual, o fato é que todas elas o definem bem, dependendo da situação." - ele entregou a bebida a ela - "podemos fazer amor, se o ato for calmo e gentil, podemos transar se ele for sensual e intenso se for carnal. sexo romantico, sexo selvagem, não importa. apenas o denominamos no fim, quando finalmente entendermos o que fizemos. compreendeu?"
ela afirmou. a respiração cada vez mais desregrada com as palavras que ele proferia.
"a primeira coisa que vou fazer é mostrar a você o que eu costumo chamar de ritual de reconhecimento. irei reconhecer seu corpo, assim como você reconhecerá o meu. vou explorar você, com minhas mãos, minha boca e minha pele. - ele dizia cada palavra olhando nos olhos dela - e você tentará se libertar de seus pudores e recatos e fará o mesmo em mim". 
ela continuou parada. ele se aproximava cada vez mais, já podia sentir o doce aroma do seu hálito, mas peter recuou. ela não compreendeu, mas logo o viu baixar a luz do quarto.
"vamos tornar tudo mais interessante lali. vamos brincar com os sentidos. o ato sexual tem tudo haver com exploração de sentidos".
ele voltou-se para ela, mas antes se deteve em uma escrivaninha pegando algo de dentro. quando já estava próximo o bastante, mostrou-se a venda preta que trazia na mão. ela recuou dois passos.
"não". - ele disse simplesmente e ela voltou para o lugar.
pete
r prostrou-se em frente dela, com o semblante sério e carregado.
"esta é sua chance de desistir morena. - ele disse com suavidade apesar da dureza em sua face - se não quiser prosseguir, pare e recue agora. mas adiante não a deixarei me deter, se persistir nas...aulas...terá que seguir até o final disto. o que me diz".
a respiração dela era irregular e pesada.
sempre imaginara peter como um amante quente e sensual, mas agora que estava diante dele, e conhecia a verdade, soube que ele era muito mais que isso.
"continuo".
foi tudo o que ela disse e ele simplesmente lhe sorriu antes de vendar-lhe os olhos.
impossibilitada de enxergar qualquer coisa, lali sentiu que seu coração disparara. ficou imaginando como acabou presa naquela teia de sedução e perguntou-se o que sobraria dela no fim de tudo isto.
sentiu peter recostá-la na escrivaninha de forma que ela ficou quase sentada. usada um vestido preto, simples que lhe chegava no meio das coxas. ele não lhe tocou, mas ela pôde sentir o nariz dele roçando a pele de seu pescoço, como um animal cheirando sua presa.
ele deslizou os dedos em seus braços desnudos e acariciou-os de cima abaixo.
sentiu que ela tremia. encostou os lábios em seu ouvido.

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